Uma moça de vinte anos chega em uma agência de emprego para buscar uma vaga na área de designe gráfico.
- Oi, tem uma entrevista marcada para duas e meia?
- Sim, é de Miriam Alfredo Marques.
- É que sou eu. Estou um pouquinho atrasada.
As duas andaram até a sala da entrevista, e a secretária abriu a porta com uma cara de deboche da entrevistada, que chegou quarenta minutos atrasada.
- Sr. Túlio.
- Sim, secretária.
- A moça das duas e meia chegou, e muito atrasada.
- Mande entrar.
Ela entrou. Meio tímida, mas entrou.
- Boa Tarde, senhorita Miriam Alfredo.
- Boa Tarde, e mil perdões pelo atraso.
- Ok, nós só temos vinte minutos, vamos nos apressar. Bem, eu li no seu currículo que você já trabalhou no caixa de uma sorveteria. Correto?
- Sim, eu trabalhei, mas só durou quatro dias, e eu só ganhei vinte reais. É que era muita gente, eu me estressei, errei trocos e mandei todo mundo tomar naquele lugar.
- Que palavreado! Respeito, moça!
- Não, não foi palavrão. Mandei eles tomarem sorvete na outra sorveteria perto.
- Oh!
A menina riu e pensou: “depois sou eu que não tenho respeito!”.
- É, continuando, vi que você tem notas ruins em tudo. Vejo aqui notas entre 1 e 7, e somente notas boas em Arte. Por quê?
- É que eu desenhava um coraçãozinho lá, florzinha lá, sol e nuvem, picolé e tal. Aí era só pintar. Trouxa aquele professor, né?
O homem ficou de boca aberta, analisando a falta de vergonha da menina que falava debochando do professor de artes.
- É, vamos falar agora de capacitação. Você tem alguma experiência em design gráfico?
- Sabe, para falar a verdade, eu não tenho. É que eu quero ganhar dinheiro para ir ao shopping todo mês. Mais se nisso há alguma coisa com desenho, eu tenho sim, eu fazia um desenhinho lá e cá nas aulas de artes e o trouxa do professor dava visto.
- Você é muito consumista?
- Não, eu só gosto de comprar coisas, só isso. Mas olha, se for para ter emprego, eu faço de tudo. Falando nisso, era isso que eu dizia para o trouxa do meu professor de artes quando faltava meio ponto para eu tirar um seis.
- Desculpe-me, seu tempo acabou - Disse o empresário, irritado.
- Como assim, faltam ainda dez minutos.
- Não estou nem aí. Para mim, essa entrevista já era!
- E o meu emprego? Disse a moça, sínica.
- Você tem notas ruins, não sabe dar troco, é sínica, burra e exibida, e ainda chama o professor de artes de trouxa?
- E o que é que tem? Ele é um trouxa mesmo!
- Esse professor ERA EU!
A menina, paralisada, saiu da sala, com vergonha, correndo para sua casa. A secretária chega, dizendo:
- Chefe, você não era professor de artes.
- Eu sei. Mas essa era uma oportunidade de testá-la. Agora eu vi, ela é tão burra, que acreditou na minha mentira e saiu correndo.
A secretária se retirou, e o analista, sentou-se na poltrona e gritou:
- PRÓXIMO.
Por Pedro Felipe
muito trouxa essa guria!!!!!1
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkk
que bom que você gostou dela! rsrsrs
ResponderExcluirque menina otária kkk eu ri
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