Surpresa de Aniversário

- Carlos, anda, é a sua vez – dizia o seu amigo Jânio, o perturbando.

       - Eu sei, deixe-me respirar – respondeu Carlos.

       Com certeza, a esse momento, você pode estar se perguntando do que os dois estavam falando. Era simplesmente do jogo de esconde-esconde, Carlos ODIAVA contar no jogo. Ele tinha medo dos colegas abandonarem ele na hora de contar, era um trauma medonho que ele passou quando tinha uns sete anos de idade.

       - Vocês não vão me deixar aqui sozinho, vão? Dizia Carlos, com medo de a situação acontecer, de novo.

       - Larga de ser fresco, seu fresco – respondeu Jânio.

       - Então eu vou contar até 10 – Dizia Carlos.

       E ele contou mesmo. “1,2,3,4,5,6,7,8,9... 10! Lá vou eu, quem não se escondeu, perdeu!” pensou ele. Foi procurando, e não achou ninguém. Começou a chorar de medo. Aí, a luz da casa se apagou. Ele pensou que a energia tivesse acabado, porque as ruas dali não tinham poste de luz. Ele chorou mais ainda com medo dos seus amigos dessem um susto nele. Aí, ele entrou dentro de casa, tremendo seus braços.

       - SURPRESA! Parabéns! – disseram todos que estavam ali. Que surpresa, hein? Todos cantaram parabéns, fizeram bolo, salgadinhos, estavam com um monte de presentes.

       - Mãe, vem aqui – disse ele, com um ar de vergonha.

       - Que foi, filhinho?

       - Meu aniversário não é hoje, é semana que vem.

Por Pedro Felipe